data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal
Pouco mais de um mês após a justiça determinar o repasse de medicamento para Aisha, o Ministério da Saúde (MS) repassou, nesta segunda-feira as doses, que chegaram ao Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo - onde ela está internada, há quatro anos, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica.
Aisha, que tem 4 anos e 4 meses, sofre de Atrofia Muscular Espinhal (AME) Tipo 1, precisa das doses do remédio Spinraza/Nusinersena que enfraquece a doença. De acordo com a mãe da menina, Gabrieli Saldanha, até a próxima semana, a pequena deve começar a receber as doses, pois nesse primeiro momento alguns detalhes estão sendo alinhados para começar o tratamento.
Neste primeiro momento, Aisha recebeu cinco doses do tratamento, que irão durar seis meses e consistem na chamada 'fase de ataque'. Durante esse período, ela receberá doses em um tempo mais curto. Depois da primeira dose feita, após 14 dias, ela receberá a segunda. Depois de 28 dias, a terceira. Com dois meses, ela recebe a quarta e, após seis meses, ela recebe a quinta dose da 'fase de ataque'.
Homenageados apoiam adiamento da Feira do Livro
Segundo Gabrieli, após a primeira fase do tratamento, a Aisha deve continuar recebendo doses de 'manutenção' de quatro em quatro meses por tempo indeterminado. Conforme o advogado Douglas Rodrigues, que representa a família da garotinha, eles não esperavam o repasse do medicamento em meio à pandemia do novo coronavírus.
Para Gabrieli, o repasse, neste momento, também foi um susto:
- Estamos muito felizes, mas nossa alegria só vai ser definitiva quando ela iniciar realmente o tratamento. Aí sim poderemos dizer que conseguimos. Já nos foi dada e tirada a esperança tantas vezes, que procuramos não comemorar antes da vitória.
Prefeitura convoca 15 candidatos para cargos de agente de saúde e vigilância ambiental
O CASO
Aisha nasceu em 22 de novembro de 2015 e, aos cinco meses de idade, foi diagnosticada com a AME. Desde então os pais da pequena - que é natural de São Gabriel -, Gabrieli e Mateus Leonardo, começaram uma campanha para arrecadar fundos para pagar o remédio que enfraquece a doença, avaliado em R$ 2,8 milhões.
Em 2018, os pais de Aisha conseguiram na justiça (em primeira instância) o direito de receber os repassasse das primeiras doses do remédio pelo governo do Estado. Porém, em maio do mesmo ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) - em segunda instância de decisão judicial - concedeu uma liminar ao governo do Estado desobrigando-o do fornecimento do medicamento à menina.
Já em fevereiro deste ano, um ano e oito meses depois, a justiça determinou que o repasse do medicamento fosse feito.